segunda-feira, 15 de março de 2010

Premiê de Israel diz que Irã quer morte e Lula, a vida


O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (15) que o Irã e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendem valores completamente diferentes, informou o jornal israelense Haaretz. Netanyahu fez a declaração ao receber Lula no Knesset, o Parlamento local, durante a visita oficial do brasileiro ao seu país.
- Eu acredito que as autoridades iranianas representam valores completamente diferentes dos que o senhor defende. Eles representam tirania e crueldade, e o senhor representa abertura e tolerância. Eles brindam a morte, e o senhor celebra a vida.

Com sua fala, Netanyahu buscou fazer um alerta contra a recente aproximação do Brasil, patrocinada por Lula, com o Irã, cujo presidente, Mahmoud Ahmadinejad, é um inimigo declarado de seu país.

- O Irã nega o Holocausto [a morte de 6 milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial], pede a destruição de Israel, está desenvolvendo armas nucleares e patrocina grupos terroristas.

Israel pressiona, ao lado de Estados Unidos e França, por um aumento das sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), por causa do polêmico programa nuclear do país islâmico. Esse grupo de países acredita que, por trás desse programa, está a intenção de construir uma bomba atômica.
O Brasil, que detém uma cadeira rotativa no conselho, defende o direito dos iranianos a um programa nuclear para fins civis e se opõe à punição.
Lula chegou a receber Ahmadinejad em Brasília em novembro passado, o que gerou muitas críticas ao brasileiro na comunidade internacional. Ahmadinejad negou várias vezes a existência do Holocausto e já disse em outras tantas ocasiões que Israel precisa ser “varrido do mapa”. Mesmo assim, o presidente tem visita marcada para Teerã em maio deste ano.

Lula, que chegou a Israel neste domingo, também visitará nesta semana o território ocupado da Cisjordânia para se encontrar com o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

Depois, segue para a Jordânia, onde tem encontro marcado com o rei Abdullah 2º.

O presidente tenta colocar o Brasil como mediador do conflito entre israelenses e palestinos, além de intervir na crise gerada pelo programa nuclear iraniano.
R7

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